terça-feira, 23 de novembro de 2010

Obras de hidrelétricas ameaçam índios isolados

MANAUS -AMAZONAS

Relatório alerta que obras das usinas no rio Madeira ameaçam vida de povos na divisa do AM e RORelatório divulgado esta semana pela ONG Survival International alerta que a obras das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, na área do rio Madeira, ameaçam a sobrevivência de índios isolados que vivem na divisa dos Estados do Amazonas e Rondônia, nas proximidades do local onde os empreendimentos serão construídos. O relatório da ONG foi lançado para marcar o Dia Internacional das Populações Indígenas, comemorado anteontem.

A ONG tomou como base os resultados da expedição realizada em novembro e dezembro de 2009 pela Coordenação Geral de Índios Isolados (CGII) da Fundação Nacional do Índio (Funai) naquela região. Em seu relatório, ao qual A CRÍTICA teve acesso, a expedição da Funai diz que “o barulho dos empreendimentos e as invasões da região têm provavelmente feito com que os indígenas isolados se afastem com medo e suas vidas sejam colocadas em perigo”.

Além dos isolados, povos indígenas que vivem na bacia do rio Madeira e que possuem territórios demarcados também poderão ser impactos. Entre eles estão os índios karipuna, parintintin, tenharim, pira-hã, tora, apurinã, mura, oro, todos vivendo no território do Estado do Amazonas.

A diretora de pesquisa da Survival International, Fiona Watson, disse, por telefone, de Londres, que os estudos da Funai foram feitos tardiamente, apenas após a confirmação da realização das obras. Daí, segundo ela, há necessidade urgente de se tomar as providências recomendadas no relatório.

O relatório da Survival, publicado neste momento apenas nas versões em espanhol e inglês, também questiona o marketing por detrás dos projetos das usinas hidrelétricas. “Nos anos 80 houve grande movimento para construir represas na Amazônia, mas concluíram que os mais afetados seriam os indígenas. Agora voltaram com os projetos, mas com uma diferença: dizem que são hidrelétricas verdes. Mas não é o caso. Os impactos são devastadores e as populações indígenas não estão sendo consultadas. Falam em melhorias sociais, mas somente grandes companhias terão”, disse.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Funai, em Brasília. Esta respondeu que se pronunciará sobre o assunto apenas nesta quarta-feira, após contato com os responsáveis sobre a expedição e a CGII.

FONTE: A CRITICA / Elaíze Farias

Cooperativas lutam para regularizar alternativos

BELÉM - PARÁ
Cooperativas de transportes alternativos realizam uma reunião nesta terça-feira (23) com órgãos como a CTBel e o Ministério Público para discutir a situação das cooperativas do setor em Belém. A reunião acontece na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB-PA).Foto: Kelly Pozzebon

Segundo a assessoria de imprensa da OCB-PA, os cooperados querem regularizar o transporte alternativo e pedir que a CTBel fiscalize com mais vigor a questão do transporte clandestino em Belém.

Segundo a Lei Federal 5.764/ 1971, as cooperativas de transporte podem se associar em centrais ou federações ou, ainda, a empresas sem fins lucrativos e com os mesmos preceitos do cooperativismo. Para que uma cooperativa seja considerada legal, é necessário que ela seja registrada e esteja adimplente com a Organização. “Precisamos que essas regras estejam claras para todos os órgãos competentes e para que a Lei seja cumprida e que formemos uma força tarefa para resolver o problema do transporte alternativo em Belém”, ressalta o presidente da entidade, Ernandes Raiol.

Fonte:Diario do Pará

Vandalismo e depredação pública

PORTO VELHO - RONDONIA

A reforma do Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré está em fase de conclusão. A reinauguração está prevista para o dia 4 de dezembro deste ano, mas apesar da obra ainda nem ter chegado ao fim, já é alvo de vandalismo. O arquiteto e coordenador de projetos da Secretaria Municipal de Obras e Projetos Especiais, José Augusto Barcelos, lamenta que isso esteja ocorrendo. ‘‘Não fechamos totalmente para que a população acompanhasse a obra. Mas uns estão tendo um comportamento que não deveriam ter’’.

FOTOS:Roni Carvalho

As pichações são os sinais mais fortes dos atos de vandalismo espalhados pela praça
Conforme o encarregado de obra de uma das empresas que trabalha na reforma do local, Dário Moura, já aconteceu depredações, furtos e pichações. ‘‘Eles levaram cabos da rede elétrica de 150 metros, e até quebraram vidros, mas já reformaram’’. A encarregada de turno do setor da limpeza, Edneusa de Souza, disse que a equipe está há um mês no local e um dos atos de vandalismo que percebidos é a pichação. Ela acredita que os vândalos devem agir durante a noite.

Diário da Amazônia