Uma nota divulgada hoje, pela coordenação responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da BR-319 (Manaus - Porto Velho), aponta que os analistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) demonstram que não estavam interessados em conceder a licença ambiental para reconstrução da rodovia federal.
“Em nenhum momento os analistas demonstraram interesse em avaliar o estado atual da rodovia e das áreas em seu entorno. Acreditamos que a intenção dos analistas era encontrar justificativas para desqualificar o trabalho realizado”, afirma o comunicado. O parecer do Ibama, reprovando o estudo, foi divulgado no dia nove deste mês aumentando a incerteza sobre o licenciamento ou não da reconstrução da rodovia que pode tirar o Amazonas do isolamento do restante do Brasil. O EIA foi elaborado para licenciar a reconstrução do trecho entre os quilômetros 250 e 655,7 da BR-319,
trecho em obras de construcao de ponte
“Em nenhum momento os analistas demonstraram interesse em avaliar o estado atual da rodovia e das áreas em seu entorno. Acreditamos que a intenção dos analistas era encontrar justificativas para desqualificar o trabalho realizado”, afirma o comunicado. O parecer do Ibama, reprovando o estudo, foi divulgado no dia nove deste mês aumentando a incerteza sobre o licenciamento ou não da reconstrução da rodovia que pode tirar o Amazonas do isolamento do restante do Brasil. O EIA foi elaborado para licenciar a reconstrução do trecho entre os quilômetros 250 e 655,7 da BR-319,

único trecho de toda rodovia que precisa ser refeito. Segundo os responsáveis pelo EIA, os três analistas ambientais do Ibama, incluindo Wanderlei Reinecke, citado nominalmente na nota, não seguiram o planejamento feito pelos próprios analistas, técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), pesquisadores responsáveis pelo estudo e pelo Exército Brasileiro, que cedeu um helicóptero para fazer o deslocamento da equipe em três pontos ao longo da BR-319 durante uma vistoria ocorrida em maio deste ano.Os pesquisadores declaram que os analistas se recusaram a entrar nas trilhas que davam acesso aos pontos estudados ao perceberem que o terreno era lamacento. “Provavelmente pelo fato de não estarem devidamente preparados para tal atividade, pois não dispunham de botas e facão”, aponta o comunicado.De acordo com informações dos pesquisadores, Wanderlei Reinecke disse que “naquele local não havia vestígios de acampamento algum e que não existiam trilhas abertas do referido módulo além de informar que iria retornar para a aeronave”. O analista não encontrou os vestígios dos acampamentos feitos pela equipe de pesquisadores durante a coleta de dados realizada em fevereiro porque se recusou a caminhar na trilha, diz o comunicado. Os técnicos queriam comprovar se de fato as análises para elaboração do EIA foi feita.As trilhas que dão acesso ao local onde os pesquisadores acamparam têm cerca de 500 metros a partir da rodovia, com a finalidade de manter a entrada das áreas pesquisadas oculta para pessoas que porventura passem pela rodovia. Além disso, a distância isenta a área pesquisada dos efeitos da rodovia. Os pesquisadores avaliam que a atitude dos analistas foi de “jogar dinheiro público no ralo, na medida em que foi usado helicóptero do Exército Brasileiro e despendido tempo de pesquisadores”.“Pesquisadores não podem inventar, ocultar e/ou distorcer dados. A fidedignidade de dados de campo é condição indispensável para o trabalho científico. As ilações feitas no parecer pelos analistas do IBAMA, são incompatíveis com o comportamento ético esperado em um servidor público”, concluem os pesquisadores.ParecerNo parecer que reprovou o estudo consta que o “EIA não reúne as mínimas condições e informações que permitam avaliar a viabilidade ambiental do empreendimento”. O Estudo de Impacto Ambiental foi elaborado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) a convite do Dnit.Os técnicos do Ibama entendem que o EIA possui “graves falhas nos diagnósticos dos meios físico e biótico”. Além de orientar que os estudos desses dois temas sejam refeitos, a determinação do Ibama aponta a necessidade de complementações dos estudos socioeconômicos.
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