quarta-feira, 3 de junho de 2009

PARÁ :Cheias: nível do rio Tapajós volta a subir


O centro comercial de Santarém voltou a ficar alagado

Fonte :Diarío do Pará .com.br
Foto: Juscelino Ferreira


As intensas chuvas que caíram sobre a região nos últimos dias interromperam o período de retração das águas e fizeram o nível do rio Tapajós subir quase 15 centímetros em três dias. Mais uma vez, os estragos foram inevitáveis, pois a água voltou a invadir a avenida Tapajós e avançou contra o já alagado centro comercial. Se na semana passada o nível do rio chegou a 8 metros e 87 centímetros, na tarde de ontem já alcançava a marca de 9 metros e 2 centímetros. De acordo com a Marinha, esse fenômeno é conhecido na região como “repiquete” e se caracteriza por períodos de vazante seguidos de novas subidas das águas. A expectativa da Marinha e dos comerciantes é de que o nível do rio comece a baixar, em definitivo, a partir do início da segunda quinzena deste mês. Mas enquanto isso não acontece os transtornos continuam e a situação só se agrava, pois a água está ficando cada vez mais suja, o que aumenta o risco de contaminação por doenças como leptospirose e hepatite. Nos locais onde transpor áreas alagadas é inevitável, a única solução é utilizar as pontes de madeira que foram construídas pelos comerciantes. >> 6.710 famílias foram afetadas Santarém é o município mais atingido pelas enchentes causadas pela chuva aliada à elevação do nível de água dos rios. Em seguida, está Altamira. De acordo com dados da Defesa Civil, divulgados ontem, em todo o Pará há cerca de 38.990 famílias afetadas em 49 municípios. Destes, 41 encontram-se em estado de emergência e oito em alerta. Além disso, foram confirmadas três mortes. Segundo relatório, 6.710 famílias foram em Santarém afetadas por causa da cheia do rio Tapajós. Destas, 96 estariam recebendo socorro em um dos nove abrigos do município. Porém, o prefeito de Santarém, José Maria Tapajós, afirma que são 15.766 famílias afetadas, entre as zonas rural e urbana, totalizando 78 mil pessoas. “Elas estão em abrigos mas, a maioria das famílias está em casa de parentes ou amigos. Os abrigos não dão conta”.O prefeito diz que, hoje, uma das principais necessidades de Santarém é a madeira para a reconstrução e reforma das casas destruídas ou danificadas. O risco de doenças também causa preocupação. “A partir do dia 15 a gente espera que o rio comece a baixar, é quando a gente mais vai precisar de ajuda e vamos redobrar a atenção”. OUTROS MUNICÍPIOS – Em Altamira, as cheias prejudicaram 2.249 famílias, das quais apenas 186 encontram-se nos quatro abrigos existentes. Dos 41 municípios em estado de emergência, 28 já foram oficializados e 13 aguardam homologação. Os oito municípios em alerta são: Abel Figueiredo, Breu Branco, Dom Eliseu, Ipixuna do Pará, Santo Antônio do Tauá, Senador José Porfírio, São João do Araguaia e Pacajá. As mortes registradas foram de três crianças nos municípios de Curuá, Porto de Moz e Gurupá. De acordo com a Defesa Civil, houve remanejamento das famílias atingidas e distribuição, em todo estado, de 24.800 cestas básicas e 17. 000 kits de ajuda humanitária com colchões, toalhas, cobertores e travesseiros.

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