
Foto: Dupará noticías
O massacre de Eldorado dos Carajás entrou para a história como um dos conflitos mais marcantes pela posse de terras no Brasil. O conflito que resultou na morte de 19 trabalhadores rurais, centenas de feridos e 69 mutilados, completa 13 anos hoje. Mais de uma década após o episódio, todos os 155 militares incriminados permanecem soltos, dois foram condenados, mas aguardam julgamento em liberdade. O combate aconteceu no dia 17 de abril de 1996, quando cerca de 1.500 sem-terra, bloquearam a PA-150 na altura de Eldorado dos Carajás, na chamada de curva do “S”.
Eles protestavam contra o atraso no programa de reforma agrária do governo. Na época, o governador do Estado, Almir Gabriel (PSDB) ordenou que as tropas do coronel Mário Pantoja (Marabá), do major José Maria de Oliveira (Parauapebas) e do capitão Raimundo Almendra, desobstruíssem a estrada.Os trabalhadores rurais foram recebidos a tiros de revólver, fuzil e metralhadora por maisde150 soldados e oficiais da PM. Para a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA), Mary Cohen, o massacre representou um dos mais graves fatos de violações de direitos humanos. “É um exemplo triste que coloca o Pará numa situação de péssimo exemplo para o resto do mundo. Mostra a ausência do Estado na vida do cidadão paraense”.
De acordo com ela, o papel do governador do estado na época, foi considerado irônico. “Naquele momento o Estado se aproximou do cidadão para lhe tirar a vida e não para fazer o seu papel que é garantir moradia digna para todos”.
O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem- Terra, Ulisses Manaças disse que o massacre é apenas um terço de tudo que os trabalhadores rurais sofreram. “A impunidade continua e nós já não acreditamos em nenhum poder público. A nossa esperança é que a sociedade acorde e abrace a nossa luta”.
CULPADOS – Em agosto de 1999, o coronel Mário Pantoja, o major José Maria Oliveira e o capitão Raimundo Almendra que lideraram as tropas que desobstruíram a rodovia, foram julgados e absolvidos, mas pouco depois o júri foi anulado.
Em novo julgamento, em junho de 2002, dos 144 acusados apenas dois foram condenados: coronel Pantoja há 228 anos de prisão e major Oliveira há 154anos. Mas, os dois ganharam benefício de recorrer da decisão em liberdade e estão soltos até hoje. As famílias dos mortos e feridos foram indenizadas pelo atual governo do Estado.
O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com 48 volume se mais de 10 mil páginas. O processo está parado, aguardando o julgamento dedois recursos: um foi apresentado ao Superior Tribunal de Justiça, e o outro, ao STF. Na opinião do desembargador e ouvidor agrário do Tribunal de Justiça do Estado, Otávio Maciel, que na época atuou como juiz e ouviu os mais de 155 réus, o resultado do processo apontou que os comandantes foram os maiores culpados pelas mortes. Segundo ele, todos os outros foram absolvidos porque não havia provas suficientes para condená-los.
O massacre de Eldorado dos Carajás entrou para a história como um dos conflitos mais marcantes pela posse de terras no Brasil. O conflito que resultou na morte de 19 trabalhadores rurais, centenas de feridos e 69 mutilados, completa 13 anos hoje. Mais de uma década após o episódio, todos os 155 militares incriminados permanecem soltos, dois foram condenados, mas aguardam julgamento em liberdade. O combate aconteceu no dia 17 de abril de 1996, quando cerca de 1.500 sem-terra, bloquearam a PA-150 na altura de Eldorado dos Carajás, na chamada de curva do “S”.
Eles protestavam contra o atraso no programa de reforma agrária do governo. Na época, o governador do Estado, Almir Gabriel (PSDB) ordenou que as tropas do coronel Mário Pantoja (Marabá), do major José Maria de Oliveira (Parauapebas) e do capitão Raimundo Almendra, desobstruíssem a estrada.Os trabalhadores rurais foram recebidos a tiros de revólver, fuzil e metralhadora por maisde150 soldados e oficiais da PM. Para a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA), Mary Cohen, o massacre representou um dos mais graves fatos de violações de direitos humanos. “É um exemplo triste que coloca o Pará numa situação de péssimo exemplo para o resto do mundo. Mostra a ausência do Estado na vida do cidadão paraense”.
De acordo com ela, o papel do governador do estado na época, foi considerado irônico. “Naquele momento o Estado se aproximou do cidadão para lhe tirar a vida e não para fazer o seu papel que é garantir moradia digna para todos”.
O coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem- Terra, Ulisses Manaças disse que o massacre é apenas um terço de tudo que os trabalhadores rurais sofreram. “A impunidade continua e nós já não acreditamos em nenhum poder público. A nossa esperança é que a sociedade acorde e abrace a nossa luta”.
CULPADOS – Em agosto de 1999, o coronel Mário Pantoja, o major José Maria Oliveira e o capitão Raimundo Almendra que lideraram as tropas que desobstruíram a rodovia, foram julgados e absolvidos, mas pouco depois o júri foi anulado.
Em novo julgamento, em junho de 2002, dos 144 acusados apenas dois foram condenados: coronel Pantoja há 228 anos de prisão e major Oliveira há 154anos. Mas, os dois ganharam benefício de recorrer da decisão em liberdade e estão soltos até hoje. As famílias dos mortos e feridos foram indenizadas pelo atual governo do Estado.
O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com 48 volume se mais de 10 mil páginas. O processo está parado, aguardando o julgamento dedois recursos: um foi apresentado ao Superior Tribunal de Justiça, e o outro, ao STF. Na opinião do desembargador e ouvidor agrário do Tribunal de Justiça do Estado, Otávio Maciel, que na época atuou como juiz e ouviu os mais de 155 réus, o resultado do processo apontou que os comandantes foram os maiores culpados pelas mortes. Segundo ele, todos os outros foram absolvidos porque não havia provas suficientes para condená-los.
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