
Fonte : Diario do Pará
Uma pessoa no Pará está sob acompanhamento devido à suspeita de contaminação por gripe suína. É um passageiro que veio dos Estados Unidos, na última sexta-feira, chegou a Belém com os sintomas da gripe e foi encaminhado para exames no Instituto Evandro Chagas (IEC). Segundo a diretora do IEC, Elisabeth Santos, o material coletado do passageiro chegou no final da tarde de ontem e o resultado do exame deve ser divulgado amanhã. “Não dá pra distinguir, clinicamente, o influenza (vírus da gripe suína) de uma gripe comum”. Nota do Ministério da Saúde (MS), divulgada ontem à noite, informa que outras 10 pessoas no Brasil também estão sendo acompanhadas com possíveis casos de gripe suína. No entanto, a nota diz que “até o momento, nenhuma dessas pessoas preenche a definição de caso suspeito”, de acordo com os critérios do próprio Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Além dos sintomas, para que um caso de gripe seja considerado suspeito é necessário que o passageiro tenha como procedência o México ou as áreas afetadas nos Estados Unidos e no Canadá, nos últimos 10 dias.O aumento do risco de contaminação pela gripe suína levou a OMS a aumentar o nível de alerta da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, da atual fase 3 para fase 4. De acordo com a nota do MS, “a decisão foi baseada principalmente em dados epidemiológicos, evidenciando a transmissão pessoa a pessoa e a capacidade do vírus de causar surtos comunitários”. De acordo com Elisabeth Santos, que é especialista em saúde pública, o clima chuvoso desse período do ano no Pará pode favorecer a transmissão do vírus influenza. A diretora acredita que a possibilidade das pessoas entrarem com a gripe encubada no Estado é grande e, para evitar a doença, seriam necessárias medidas drásticas. Willer Mello, vice-diretor do IEC, afirmou que o Pará já está em alerta. “O Pará é uma porta de entrada para a doença, mas não é preciso pânico. As pessoas que estão gripadas, mas não tiveram contato com nenhum dos países que registraram casos, não têm chance de estar com a gripe suína”. >>> Fiscalizações nos portos e aeroportos Com a ameaça da instalação de uma pandemia (epidemia de alcance global) da influenza suína, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está intensificando a fiscalização nos portos e aeroportos. No Pará, a ANVISA já reforçou as ações nos Aeroportos Internacional de Belém e Júlio César, e nos portos de Belém e Vila do Conde, em Barcarena. O sagentes da ANVISA atuam de acordo com o Plano de Influenza Avícola, implementado na época em que foram registrados os casos de gripe aviária, na Europa e na Ásia. São observadas as condições sanitárias e de higiene das aeronaves e embarcações, o trato dos resíduos sólidos, presença de água potável, e se há alguém com sintomas da gripe suína. As embarcações que aportam em Belém ou Vila do Conde são obrigadas a adquirir o Certificado de Livre Prática e a declaração marítima de saúde, uma espécie de permissão para atracar e desembarcar. Como não há desembarque direto de voos provenientes dos Estados Unidos, Canadá, e do México, países nos quais foram registrados centenas de casos de gripe suína, o alvo da fiscalização no Pará é, sobretudo, o desembarque de passageiros vindo de Manaus, em decorrência do vôo Miami/Manaus/Belém. Durante amanhã de hoje, haverá uma reunião na Sespa com representantes da Anvisa, IEC, Defesa Civil e outros órgãos para definir medidas a serem tomadas para tentar evitar o contágio no Pará.
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