Fonte:JORNAL EM TEMPO
MÔNICA FIGUEIREDO
Até ontem, autoridades de saúde brasileiras monitoravam 20 casos suspeitos de gripe suína no país, sendo três deles em Manaus. No Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, passageiros desembarcaram com máscaras de proteção.
Os voos internacionais com destino a Manaus, principalmente os provenientes do México e dos Estados Unidos da América (EUA), a princípio não serão cancelados para impedir a proliferação do vírus da gripe suína no Amazonas. A informação foi divulgada ontem pelos representantes do Comitê Estadual formado pelas secretarias de Estado de Saúde (Susam), Municipal de Saúde (Semsa), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). De acordo com o comitê de gerenciamento de crise, o fechamento das fronteiras só ocorrerá caso o nível do alerta chegue a 5 ou 6 (numa escala que vai de 1 a 6). Na noite da última segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou de 3 a 4 o nível de alerta. Enquanto isso, as fiscalizações estão sendo intensificadas no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e a partir de hoje também serão intensificadas no Porto Privatizado de Manaus e em todas as áreas de fronteira do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. O titular da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Evandro Melo, afirmou que todas as ações foram planejadas e estão sendo executadas para evitar a entrada da gripe suína no Amazonas. Ele ressaltou que se houver registro da doença, as equipes estarão tecnicamente preparadas para atuar. “Estamos com profissionais nestas áreas, mas com uma atenção maior para o aeroporto de Manaus, pois mesmo não tendo voos que chegam à capital amazonense diretamente dos lugares onde já foram registradas vítimas da gripe, há passageiros que realizam conexões, então temos que ter esse controle com todos”, afirmou. Evandro Melo relembrou o alerta feito em 2005, quando a gripe aviária causou dezenas vítimas no mundo. “Naquela época, o plano de contingência já estava elaborado porque o vírus ameaçava ser um risco central, mas felizmente não chegou ao Amazonas. Hoje, se chegar até aqui, nós já estamos preparados. Prova disso é a nossa mobilização em menos de 24h”, afirmou. Evandro Melo lembrou que na segunda-feira duas passageiras, que desembarcaram em Manaus, foram paradas na barreira da Anvisa por estarem com febre. Ele informou ainda que os passageiros que tiverem com sintomas de febre terão de passar por uma séria de exames e permanecer sob observação. “Nós estamos nos precavendo. O Ministério da Saúde determinou que todos os passageiros que demonstrem os sintomas da gripe, como febre, dor de cabeça, tosse, dores musculares e articulares sejam examinados em uma unidade de saúde. Aqui em Manaus, nós estamos sendo mais rígidos”.As duas passageiras vindas de Orlando e Miami (EUA) desembarcaram em Manaus e foram encaminhadas ao laboratório da Anvisa, no próprio aeroporto. Após a realização de exames, foram liberadas. Uma delas, que tinha como destino o Ceará, estava com 38ºC de febre e a outra, uma médica que reside em Manaus, estava com 39ºC. As duas pessoas que não tiveram as identidades reveladas, estão sendo observadas. Por orientação do Ministério da Saúde, a acompanhante da turista do Ceará, mesmo sem apresentar nenhum sintoma da gripe suína, também deve permanecer sendo monitorada por dez dias, uma vez que teve contato com a passageira que apresentou febre. Para o Ministério da Saúde, ela figura como terceira suspeita.Todos os demais passageiros, cerca de 140, que estavam nos dois voos, receberam folhetos informativos sobre a gripe suína e foram alertados para entrarem em contato com um ambulatório médico caso sintam algum sintoma. A Fundação de Medicina Tropical (FMT) é a unidade de referência para os atendimentos de adultos e o pronto-socorro infantil da Zona Oeste para internação de crianças.
Fundação de Medicina é referência para tratamento em Manaus
A Fundação de Medicina Tropical (FMT) está com um espaço na unidade para servir de isolamento, caso seja comprovada a existência de algum caso de gripe suína em Manaus. Neste local será disponibilizado o suporte necessário para o tratamento do paciente, onde deve ser ministrado o medicamento oseltamivir, comercializado como Tamiflu. Segundo o infectologista Antônio Magela, se for confirmado algum caso e houver necessidade real de atendimento, a FMT possui totais condições de oferecer atendimento. “Entre os fatores complicadores da gripe suína está a pneumonia bacteriana. Se for confirmado algum caso, a FMT tem garantido do Ministério da Saúde R$ 9 milhões para tratamento do vírus nos infectados. Durante o período de combate à doença, o paciente faz uso de medicamentos por cinco dias seguidos e fica em observação por outros dez. Caso haja necessidade real pode ser que o tratamento seja estendido a outras unidades de saúde”, informou. Existe em âmbito mundial, desde 1947 e em 92 países um plano de contingenciamento de gripe. Composto por 119 laboratórios, os integrantes do plano coletam informações e amostras sanguíneas de pacientes para atualizar a composição de vacinas utilizadas no combate à gripe. Foi por meio desse plano e de informações repassadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que o vírus da gripe suína H1N1 e o medicamento de combate à doença foram identificados mais rapidamente. “O mundo está muito mais preparado para enfrentar epidemias e pandemias do que há 50 anos. Hoje, os países têm capacidade de dar respostas muito mais rápido. No início das endemias e pandemias, geralmente ocorrem mortes por conta do fator surpresa, em seguida a situação se torna mais branda e as mortes diminuem. Nossa função, agora, é minimizar os impactos e evitar que as pessoas morram”, disse.
Os voos internacionais com destino a Manaus, principalmente os provenientes do México e dos Estados Unidos da América (EUA), a princípio não serão cancelados para impedir a proliferação do vírus da gripe suína no Amazonas. A informação foi divulgada ontem pelos representantes do Comitê Estadual formado pelas secretarias de Estado de Saúde (Susam), Municipal de Saúde (Semsa), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). De acordo com o comitê de gerenciamento de crise, o fechamento das fronteiras só ocorrerá caso o nível do alerta chegue a 5 ou 6 (numa escala que vai de 1 a 6). Na noite da última segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou de 3 a 4 o nível de alerta. Enquanto isso, as fiscalizações estão sendo intensificadas no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e a partir de hoje também serão intensificadas no Porto Privatizado de Manaus e em todas as áreas de fronteira do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. O titular da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Evandro Melo, afirmou que todas as ações foram planejadas e estão sendo executadas para evitar a entrada da gripe suína no Amazonas. Ele ressaltou que se houver registro da doença, as equipes estarão tecnicamente preparadas para atuar. “Estamos com profissionais nestas áreas, mas com uma atenção maior para o aeroporto de Manaus, pois mesmo não tendo voos que chegam à capital amazonense diretamente dos lugares onde já foram registradas vítimas da gripe, há passageiros que realizam conexões, então temos que ter esse controle com todos”, afirmou. Evandro Melo relembrou o alerta feito em 2005, quando a gripe aviária causou dezenas vítimas no mundo. “Naquela época, o plano de contingência já estava elaborado porque o vírus ameaçava ser um risco central, mas felizmente não chegou ao Amazonas. Hoje, se chegar até aqui, nós já estamos preparados. Prova disso é a nossa mobilização em menos de 24h”, afirmou. Evandro Melo lembrou que na segunda-feira duas passageiras, que desembarcaram em Manaus, foram paradas na barreira da Anvisa por estarem com febre. Ele informou ainda que os passageiros que tiverem com sintomas de febre terão de passar por uma séria de exames e permanecer sob observação. “Nós estamos nos precavendo. O Ministério da Saúde determinou que todos os passageiros que demonstrem os sintomas da gripe, como febre, dor de cabeça, tosse, dores musculares e articulares sejam examinados em uma unidade de saúde. Aqui em Manaus, nós estamos sendo mais rígidos”.As duas passageiras vindas de Orlando e Miami (EUA) desembarcaram em Manaus e foram encaminhadas ao laboratório da Anvisa, no próprio aeroporto. Após a realização de exames, foram liberadas. Uma delas, que tinha como destino o Ceará, estava com 38ºC de febre e a outra, uma médica que reside em Manaus, estava com 39ºC. As duas pessoas que não tiveram as identidades reveladas, estão sendo observadas. Por orientação do Ministério da Saúde, a acompanhante da turista do Ceará, mesmo sem apresentar nenhum sintoma da gripe suína, também deve permanecer sendo monitorada por dez dias, uma vez que teve contato com a passageira que apresentou febre. Para o Ministério da Saúde, ela figura como terceira suspeita.Todos os demais passageiros, cerca de 140, que estavam nos dois voos, receberam folhetos informativos sobre a gripe suína e foram alertados para entrarem em contato com um ambulatório médico caso sintam algum sintoma. A Fundação de Medicina Tropical (FMT) é a unidade de referência para os atendimentos de adultos e o pronto-socorro infantil da Zona Oeste para internação de crianças.
Fundação de Medicina é referência para tratamento em Manaus
A Fundação de Medicina Tropical (FMT) está com um espaço na unidade para servir de isolamento, caso seja comprovada a existência de algum caso de gripe suína em Manaus. Neste local será disponibilizado o suporte necessário para o tratamento do paciente, onde deve ser ministrado o medicamento oseltamivir, comercializado como Tamiflu. Segundo o infectologista Antônio Magela, se for confirmado algum caso e houver necessidade real de atendimento, a FMT possui totais condições de oferecer atendimento. “Entre os fatores complicadores da gripe suína está a pneumonia bacteriana. Se for confirmado algum caso, a FMT tem garantido do Ministério da Saúde R$ 9 milhões para tratamento do vírus nos infectados. Durante o período de combate à doença, o paciente faz uso de medicamentos por cinco dias seguidos e fica em observação por outros dez. Caso haja necessidade real pode ser que o tratamento seja estendido a outras unidades de saúde”, informou. Existe em âmbito mundial, desde 1947 e em 92 países um plano de contingenciamento de gripe. Composto por 119 laboratórios, os integrantes do plano coletam informações e amostras sanguíneas de pacientes para atualizar a composição de vacinas utilizadas no combate à gripe. Foi por meio desse plano e de informações repassadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que o vírus da gripe suína H1N1 e o medicamento de combate à doença foram identificados mais rapidamente. “O mundo está muito mais preparado para enfrentar epidemias e pandemias do que há 50 anos. Hoje, os países têm capacidade de dar respostas muito mais rápido. No início das endemias e pandemias, geralmente ocorrem mortes por conta do fator surpresa, em seguida a situação se torna mais branda e as mortes diminuem. Nossa função, agora, é minimizar os impactos e evitar que as pessoas morram”, disse.
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