
A farmacêutica bioquímica Maria da Penha Fernandes participa hoje, em Belém, do “Seminário Mulher Cidadã: participação política e garantia de direitos”, que é promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará. Maria da Penha é conhecida por dar o nome à Lei 11.340, de 2006, que aumentou o rigor das punições nos casos de agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. Depois de ser agredida durante anos pelo ex-marido, Maria da Penha ainda enfrentou duas tentativas de assassinato. Em uma delas, ficou tetraplégica. A vida da cearense teve uma grande mudança depois que a lei foi sancionada há dois anos. “Faço quase quatro viagens por mês. A minha vida passou a ser a dos outros” brinca ela, que está em Belém pela primeira vez. Maria da Penha integra o Conselho Curador da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e foi titulada colaboradora de honra da Coordenadoria de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de Fortaleza. No seminário de hoje, ela falará das suas experiências e do combate à violência doméstica. “Temos que manter a mulher informada dos seus direitos, e trabalhar para que a lei funcione”, afirma Maria da Penha.Para a farmacêutica, o acesso das mulheres às políticas públicas contribui para o enfrentamento da violência doméstica. “Desde que a lei foi implementada, mudou a postura de mulheres e de homens, ambos podem usufruir do que a lei propõe”, comenta. “O TRE enxergou a possibilidade de chegar até às comunidades mais distantes para fazer com que elas discutam essa realidade. E nesses locais é mais fácil fazer com que todos debatam em grupos, fazendo a informação ter um alcance maior”, destaca. O Seminário “Mulher Cidadã: participação política e garantia de direitos” é realizado hoje a partir de 8h30. A programação contará com mesas redondas, apresentação de palestras e mesas temáticas, entre outras atividades.
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