
Rondônia é um dos poucos estados brasileiros que apresentam ritmo suficiente para alcançar a meta das Nações Unidas
Fonte:Rondoniadinamica
Foto:Dupará noticias
Rondônia é um dos poucos estados brasileiros que apresentam ritmo suficiente para alcançar a meta das Nações Unidas de reduzir a pobreza pela metade de 1990 até 2015. Das 27 unidades federativas apenas 11 deverão cumprir a meta. Além de Rondônia, estão na relação Tocantins, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Espírito. Até 58% dos municípios brasileiros não cumprirão a meta das Nações Unidas 2015, caso se mantenha a velocidade de queda da proporção de pessoas vivendo com até meio salário mínimo verificada nos últimos anos. No período de 1991 a 2000, apenas 42% dos municípios apresentavam ritmo de decréscimo suficiente para cumprir o objetivo 1 dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), série de oito metas que os países da ONU se comprometeram a atingir até aquele ano. Para o Brasil como um todo, a projeção é de que o objetivo seja cumprido, mas o avanço é desigual – em 433 municípios a pobreza chegou a aumentar no período. Os números fazem parte de um levantamento, feito com dados do censo, pela equipe do Portal ODM, site que reúne índices sobre a evolução nos ODM para todos os municípios. A situação mais grave é a de municípios do Maranhão e Piauí. Com alta porcentagem de pessoas pobres, a redução na maioria das cidades foi baixa. Juntando os 438 municípios dos dois Estados, apenas 8% deles tinham conseguido reduzir em mais de 20% a pobreza até 2000. A média brasileira no período foi de 34,4%. Em 1991, os Estados somavam 354 municípios com mais de 80% de pessoas na pobreza. Em 2000, o número caiu para 122, mas quase a totalidade todas as cidades mantém mais da metade da população na pobreza. São Paulo conta com a maioria dos municípios que registraram aumento de pobreza no período. Em 39% das cidades do Estado houve retrocesso na meta e, em cinco delas, a proporção de pobres mais que dobrou. Apesar disso, a porcentagem, desde o início, era baixa nessas cidades: na maioria havia menos de 10% de pessoas vivendo na pobreza em 91.
Bolsões de pobreza Alby Rocha, estatístico responsável pela análise, diz que esses retrocessos se explicam pela formação de bolsões de pobreza em algumas áreas. Seriam locais em que não há indústrias ou serviços e, portanto, faltam empregos. Em algumas regiões no Norte e Nordeste a atividade monetária é escassa, diz Luciana Brenner, uma das coordenadoras do Portal ODM. O fato de muitos sobreviverem sem necessariamente usar dinheiro causaria dificuldades para a análise com base no salário mínimo. A coordenadora acredita que investimentos e orientação podem guiar os moradores das áreas mais pobres a criarem associações de negócios e gerarem lucro. “Essas oportunidades é que tiram uma família da pobreza”, argumenta, “assim você dá oportunidade para os filhos dessas pessoas terem boa educação e isso muda aquele ambiente”.
Bolsões de pobreza Alby Rocha, estatístico responsável pela análise, diz que esses retrocessos se explicam pela formação de bolsões de pobreza em algumas áreas. Seriam locais em que não há indústrias ou serviços e, portanto, faltam empregos. Em algumas regiões no Norte e Nordeste a atividade monetária é escassa, diz Luciana Brenner, uma das coordenadoras do Portal ODM. O fato de muitos sobreviverem sem necessariamente usar dinheiro causaria dificuldades para a análise com base no salário mínimo. A coordenadora acredita que investimentos e orientação podem guiar os moradores das áreas mais pobres a criarem associações de negócios e gerarem lucro. “Essas oportunidades é que tiram uma família da pobreza”, argumenta, “assim você dá oportunidade para os filhos dessas pessoas terem boa educação e isso muda aquele ambiente”.
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